Em sua primeira edição brasileira, o Elle Deco International Design Awards (EDIDA BR) celebra a criatividade e a inovação nacionais. E no dia 23 de maio de 2023 foram divulgados os premiados.
O material selecionado por jornalistas da publicação recebeu a avaliação de um time de experts em diferentes áreas ligadas ao design. Entre eles, Lauro Andrade, idealizador da Semana de Design de São Paulo, e Taissa Buescu, uma das diretoras de conteúdo da Elle Decoration Brasil e curadora do EDIDA BR. Boa parte das peças finalistas teve seu lançamento durante a DW! Semana de Design de São Paulo, o que reforça a relevância e a curadoria do festival na cena do design brasileiro.
Além de premiações em 10 categorias, o EDIDA BR elegeu o criativo que mais se destacou no último ano, o mais brilhante talento em ascensão e um premiado pelo voto popular online. Confira os premiados a seguir.
Designer do Ano
A vencedora foi a carioca Claudia Moreira Salles, dona de um desenho elegante e preciso. Suas peças trazem em comum acabamentos impecáveis e traços que comunicam o máximo com o mínimo.
Talento em Ascensão
O inventivo Estúdio Rain recebeu este reconhecimento por seu design autoral, formado pelos brasilienses Mariana Ramos e Ricardo Innecco. Seus trabalhos tiveram grande visibilidade neste primeiro EDIDA BR, desde a série Rícino, vencedora na categoria Iluminação do EDIDA BR, até a mesa Sólida, finalista em Mesas Auxiliares.
Categoria Iluminação
O Estúdio Rain levou o prêmio com as luminárias da série Rícino, produzidas a partir de resina vegetal à base do óleo de mamona. O resultado é uma luz âmbar, super acolhedora, que se privilegia do aspecto original da resina.
Categoria Mesa Auxiliar
Orelha de Pau, da série Xilofungus, com design de do carioca Guilherme Sass, levou a categoria. A peça revela a inspiração na natureza, especialmente o cogumelo que dá nome à peça. A mesa é produzida com imbuia de demolição e apoioa laterais em peroba-do-campo, com um formato que lembra o modo como os fungos nascem e se fixam em troncos.
Categoria Sofá
Roberta Banqueri conquista o reconhecimento com o sofá Abapo, da coleção Tupiniquim. A peça integra uma coleção que reverencia desde nomes como Burle Marx, Athos Bulcão e Ruy Ohtake até elementos como o cacau, tendo em comum a brasilidade entre eles. Abapo, como o nome revela, faz homenagem a uma das telas mais icônicas de Tarsila do Amaral, Abaporu. Repare nos braços laterais que têm uma única linha que se dobra, em alusão aos pés do personagem.
Categoria Revestimento
A coleção Soma, de Paulo Mendes da Rocha e Nadezhda Mendes da Rocha para a Portobello, recebeu o primeiro prêmio na categoria. Pai e filha, ambos arquitetos, criaram a quatro mãos este revestimento, composto de ladrilhos em grande formato que permitem paginações inusitadas – mas que ao mesmo tempo despertam familiaridade, já que remetem ao modernismo brasileiro.
Categoria Objeto
O prêmio ficou com o centro de mesa Beira, do mineiro Estúdio Dentro. A criação valoriza, com um olhar contemporâneo, o mármore brasileiro sobre uma base de madeira de demolição. Um corte divide a superfície, e a madeira surge tanto como conexão quanto elemento de separação.
Categoria Mesa de Jantar
Xamã, de Arthur Casas, levou a premiação por seu desenho sofisticado e preciso, além dos detalhes do acabamento. Mas foi o encaixe inusitado dos pés a característica decisiva que rendeu a vitória. A peça faz parte da coleção Tapajós, que enaltece a cultura da região amazônica, onde o designer mantém participações em projetos e envolvimento com a comunidade.
Categoria Complementos
O vencedor foi a escrivaninha Bento, do estúdio carioca Zebulun Arquitetura. A peça combina versatilidade e uma execução precisa, que apresenta um sistema construtivo inteligente. Com montagem por partes, ela não tem fundo definido e conta com duas frentes, possibilitando diferentes usos e posicionamentos no espaço.
Categoria Cadeira
Guilherme Wentz garante a vitória com a cadeira Tubo. A peça dispensa emendas ou costuras, construída como um único tubo, além de ser toda estofada com tecido WE–KNIT, uma malha 3D feita de PET reciclado.
Categoria Outdoor
A vitória foi do assento-conceito Rainha do Mar, do estúdio catarinense Elaya Design. Trata-se de uma peça tão contemplativa quanto funcional, além de carregar um pensamento sustentável. Elias Lanzarini, fundador da Elaya, reaproveitou redes de pesca, cordas de embarcações e troncos de madeira descartados. No desenho, uma homenagem a Iemanjá, rainha do mar.
Categoria Colecionáveis
Banco Mushroom, da coleção Botânica, de Silvia Furmanovich, levou o prêmio. A joalheira, natural de São Paulo, aplicou técnicas de marchetaria e se inspirou nas cores e formas da natureza tropical. Vitórias-régias, cogumelos, flores e borboletas ganham representação em peças como o banco Mushroom.
Voto Popular
Quem conquistou a preferência do público foi a mesa C347, do gaúcho Vinicius Siega, entre as 47 peças finalistas do EDIDA BR. A base cônica e o estofado que sugere múltiplas funções marcam a peça, com um desenho pautado pela delicadeza.
Você pode conferir as peças finalistas na exposição que segue em cartaz até 6 de junho de 2023, no térreo do edifício JFL125, na Avenida Rebouças, 3.084, em São Paulo, SP. Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. Entrada gratuita.
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