Duas décadas: este é o tempo que o estúdio de design de mobiliário autoral dos designers Sergio Fahrer, Jack Fahrer e Heloisa Samaia, acumula ao criar projetos residenciais e corporativos, tanto para ambientes internos como externos. A Fahrer faz de sua expressão criativa a soma dos olhares e do traço preciso e fluido ao dar forma a peças autênticas, que contam histórias.
E em 2022, a Fahrer – mais uma vez – pôs em prática suas premissas e deu peso ao (bem) feito à mão, às relações humanas e à produção brasileira, além de respeitar o tempo das matérias-primas e experimentar com afinco. O resultado foi o lançamento da coleção de móveis Arquipélago, durante a DW! 2022.
Resgate originário
Mesas, cadeiras, sofás, pufes e poltronas com o uso de pedras brasileiras, madeira e tecidos aconchegantes fazem o conjunto de Arquipélago, coleção inspiradas na beleza milenar do Mariuá. Com 1.400 ilhas e 140 km de extensão, o conjunto é considerado o maior arquipélago fluvial do mundo e fica nas entranhas do Rio Negro .
Amazônico, o arquipélago Mariuá revela a plenitude de suas formas orgânicas – forjadas pela ação da natureza e do tempo – e é o mote para a homenagem que a Fahrer, agora, tece: a chamada para um olhar crítico sobre nossa relação com a natureza e os povos originários e a importância de reverenciar e preservar o meio e a cultura.
Arquipélago
Assim como faz a ação das águas, intempéries e do vento, o traço dos designers da Fahrer se quer orgânico e livre e oferece como produto peças com desenho leve e desenvolto, completado pelas pedras brasileiras, extraídas e beneficiadas com tecnologia limpa, carbono zero.
Sempre atenta à sustentabilidade, a Fahrer desde sempre utiliza apenas fontes provenientes do manejo sustentável, como madeiras certificadas (FSC). Novidade em Arquipélago é o acabamento Rubio Monocoach, uma cera oleosa de uso inteligente que impermeabiliza, é carbono zero e atóxica, protegendo, assim, quem trabalha em sua aplicação.
Nos tampos de parte das mesas de madeira há, também, um detalhe extra: um desenho que emula os anéis de crescimento dos troncos e apontam para o contar da história do material.
Cores e nomes
Para colorir os novos móveis, a Fahrer escolheu uma paleta que lembra o ambiente amazônico no verde, na madeira e no preto que remete ao “chá de floresta” que dá o tom das águas do Rio Negro. Cinza e branco, completam os matizes.
A homenagem à riqueza da mata e das culturas indígenas também aparece na nomeação do mobiliário, que adota palavras Baniwa, como ‘Amôri’, que quer dizer sol; ‘Equapi’ e ‘Depi’, que remetem ao dia e à noite; e ‘Uni’, que significa água.
Mais sobre a Fahrer
A paixão pela inovação, pela pesquisa, e pela arte e cultura é o cerne do design feito pela Fahrer, num perfeito equilíbrio entre forma e função. Mas o cuidado vai além e presa pela sustentabilidade no fabrico e nas matérias-primas, a exemplo do uso de madeira sustentável certificada pelo FSC®, alumínio de aviação e propileno reciclado de garrafas PET.
Pelo design e ergonomia, a Fahrer acumula prêmios, entre os quais o iF Design Award (2018). O trabalho do estúdio também já esteve presente em exposições internacionais como ICFF (Nova York), a Design Possibile (Milão) e o IdFX (Londres); bem como há criações da marca nas coleções permanentes da Galleria Paola Colombari, em Milão, e do museu Le Corbusier, em Paris.
Se você quiser ir mais a fundo na história e no mobiliário da Fahrer, acesse o site. Para mais novidades sobre o mundo do design, assine a newsletter da DW!.
