A Artefacto é reconhecida por reunir em seu portfólio nomes de profissionais dos quatro cantos do país e, até, do exterior como o guatemalteco Alejandro Piegatto. A arquiteta paulistana Patrícia Anastassiadis assina, por exemplo, uma série de móveis da coleção vigente da marca, de aparadores a balanços. Também já há alguns anos, a Artefacto coleciona peças assinadas pelo mato-grossense Sérgio J. Matos. Sérgio, aliás, faz uso de um dos materiais mais versáteis e sustentáveis para objetos e mobiliário: o alumínio.
E é com essa matéria-prima que o designer piauiense Júnior Brandão estreia sua parceria com a empresa: “O alumínio pode ser infinitamente reciclado, é um material fantástico. Dele nada se perde, até com as aparas é possível construir uma peça”, defende.
Júnior teceu a parceria com a Artefacto há cerca de um ano e, hoje, a poltrona Calisto, desenvolvida por ele, faz parte dos produtos da marcar de design de luxo. Feita artesanalmente, Calisto é leve e ergonômica, mas está longe de ser um modelo convencional de móvel.
Entre arte e design
“Meu trabalho está na fronteira entre o design e a arte, construo o móvel como uma escultura”, conta o designer e artista plástico autodidata que começou cedo na carreira, aos 18 anos; viveu fora do Brasil, na Alemanha; e trabalhou com moda especializada para noivas durante duas décadas.
“A arte me chamou novamente há cerca de quatro anos, comecei a fazer esculturas com cobre e depois passei para o latão. Então, há dois anos, vieram as cadeiras, elas estão todas aqui, na minha cabeça. Tentei usar ferro, mas não era viável. Então veio o alumínio como solução”, narra Júnior.
Calisto é uma das mais de 50 cadeiras e bancos criados pelo designer e a primeira a receber tratamento “vip” via Artefacto. “Cada cadeira é uma obra de arte, pura artesania. Elas podem levar mais de seis mil pontos de solda”, explica. Calisto, vai ser reproduzida pela empresa, que ofereceu à peça acabamento esmerado e pintura eletrostática.
In e outdoor
Calisto faz lembrar as curvas de um ícone do design mundial, La Chaise (1948) de Charles e Ray Eames, e remete às experimentações formais e da matéria de nomes como os Irmãos Campana; ao passo que é única, transita da arte ao design e oferece a possibilidade de uso in ou outdoor.
“A poltrona Calisto nasceu do conceito que permeia o meu trabalho como artista plástico; a criação de um espaço ou objeto nascido da percepção do cheio e do vazio formado pelas inúmeras partes de uma peça. Eu chamo de paramétrica analógica, já que todo o processo é feito ‘a la prima’ sem desenhos prévios ou concepção anterior. Entro no ateliê e começo a curvar o alumínio e tentar entender o que ele me diz”, conclui Júnior.
Para conhecer Calisto e outros designs da Artefacto, acesse www.artefacto.com.br. Para ficar por dentro de tudo que acontece no universo do design, basta assinar nossa newsletter.