Faz tempo que queremos escrever esta matéria para você, percebendo a evolução de estilo e qualidade da joalheria brasileira autoral. Por isso, como colaboradora especialista em ourivessaria, abracei o desafio de realizar uma curadoria de nomes contemporâneos com peças acessíveis e interessantes, para usar e vestir!
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O recorte especial inclui apenas mulheres por um motivo especial: o ofício esteve na mão dos homens por décadas e tal conhecimento se manteve por muito tempo restrito, passado através de gerações, muitas vezes, em família. Porém, no último século, a presença das designers de joias, joalheiras e ourives mulheres vem crescendo, e seus fazeres incríveis valem ser reconhecidos pelo grande público.
Antes de tudo, o red carpet
Você sabia, por exemplo, que no campo da alta joalheria, a modelo italiana Elsa Peretti (1940-2021) criou peças biomórficas e minimalistas para a Tiffany&Co.? E, para a mesma joalheria, além da maison de Yves Saint Laurent, Paloma Picasso impôs seu estilo com peças inspiradas na cultura e com pedras coloridas. Além delas, há alguns anos, a designer Lorraine Schwartz (@lorraineschwartz) captura olhares ao adornar as orelhas, pulsos, pescoços, cabeças, mãos e outras partes do corpo de celebridades como Beyoncé, Blake Lively, Lizzo, as mulheres do clã Kardashian e Adele com suas joias.
![](https://dwsemanadedesign.com.br/wp-content/uploads/2023/10/renygolcman_post-scaled.jpg)
No Brasil, há também grandes joalheiras em diversos períodos da história. Entre as pioneiras na Joalheria Moderna e Contemporânea, estão a berlinense radicada no país, Ulla Johnsen Krauel (1925-2021) – premiada na Bienal de São Paulo em 1973. Outro nome importante é a artista Reny Golcman (@renygolcman), ainda na ativa e que inicia seus estudos na década de 1960, enfrentando preconceitos e criando uma joalheria sem concessões, conectada à arte de forma explícita.
E se hoje vamos elencar novas criadoras, isto é possível também pelos passos de profissionais que vieram antes e que primaram pela abertura e a disseminação do conhecimento de bancada nas escolas. Nos anos 80, um desses lugares foi a Oficina, da artista Miriam Mirna Korolkovas (@mmkorolkovas), que também é joalheira e usa seu corpo como suporte de peças de arte. Outra incentivadora do conhecimento sobre joalheria é Paula Mourão, filha do joalheiro e professor Caio Mourão, que produz joias urbanas com alma carioca, como o apontado no site do Atelier Mourão (@ateliermourao).
Contemporâneas
Beatriz Brennheisen
Beatriz Brennheisen é inspirada pela natureza, pelos mitos antigos e pelo futuro para criar suas peças de arte para vestir. Recortes femininos, elementos derivados do Art Déco, cogumelos voluptuosos e cristais esculpidos em metal são alguns dos elementos que podem ser vistos em suas joias.
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Carol Bergocce
Carol Bergocce entrou no mundo da joalheria em 2014 e, quatro anos depois, passou a se dedicar à joalheria artística/contemporânea. Ela costuma descrever seu trabalho como sócio-político, por abordar questões dessa ordem. As peças são feitas à mão, em séries limitadas.
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Eduarda Brunelli
Com a label que leva seu nome lançada em 2014, a designer de joias Eduarda Brunelli teve contato com a joalheria já aos 16 anos e trabalhou em uma das marcas mais tradicionais do Rio Grande do Sul. Ouro amarelo e pedras naturais estão entre seus materiais preferidos, e as peças misturam traços minimalistas e formas orgânicas.
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Estúdio Éter
Daiana Dalfito é uma das colaboradoras do time de Conteúdo da DW! – que escreve este post especial! – e estuda ourivessaria desde 2016. De lá para cá, montou seu ateliê, Estúdio Éter, e entrou em contato com o trabalho de muita gente boa, criativa e com olhares que ultrapassam a estética. Faz das joias acessórios que contam histórias para além das que vão ser entremeadas por usos e afetos.
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Eleonora Hsiung
Do Goiás, a designer Eleonora Hsiung voltou inquieta de uma viagem à Europa em 2009. Aí nasceu a marca e o ‘modo singular de concepção e produção de suas statement jewelry. Criadas a partir de devaneios em papel, chapas ou o que quer que possa ser moldado’, de acordo com o site do ateliê.
![AdmirÓ é a nova coleção de Eleonora Hsiung Ateliê, com dez peças escultóricas com banho a ouro | Foto: Reprodução @heleonorahsiungatelie](https://dwsemanadedesign.com.br/wp-content/uploads/2023/10/eleonorahsiungatelie_post-scaled.jpg)
Esperança Leria
Esperança Leria é arquiteta por formação e em 2018 mergulhou no mundo da joalheria. A artista afirma que ‘circular entre os campos da arte, design e artesanato me desafia e me envolve como uma dança’. E ela o faz experimentando materiais, cores, sobreposições e texturas.
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Luisa Velludo
Partes do corpo, signos zodiacais, elementos geométricos e afins atravessam as criações poéticas da designer de joias Luisa Velludo. Seu interesse pela joalheria se moldou na faculdade de arquitetura, por meio de um professor de ourivesaria. A artista cria peças em múltiplas identidades, que expressam seu viver de diferentes formas.
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Tatiana Queiroz
As criações de Tatiana Queiroz seguem linhas arquitetônicas e formas orgânicas e escultóricas. Em busca de uma linguagem contemporânea, a designer investiga processos químicos e técnicas artesanais a serem aplicadas aos metais e a outros materiais.
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Tissa Berwanger
O trabalho da joalheira Tissa Berwanger talvez possa ser caracterizado por duas palavras: preciso e meticuloso. Formada em design de produto no Brasil e em design com metais preciosos na Zeichenakademie Hanau, Alemanha, trabalha com produção artesanal de alta precisão. Em 2016, recebeu o IF Design Award, na categoria de Produto-Joalheria, com as tarraxas cilíndricas O-NUT, que vêm sendo aprimoradas desde 2007.
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Uma resposta
Super matéria! Muito agradecida por mencionar a OFICINA Escola de Joaleria em SP.