A Galeria Alma da Rua (@galeriaalmadarua), localizada no Beco do Batman, na Vila Madalena, captura em um dos endereços mais plurais e interessantes da capital paulista diversos movimentos artísticos e culturais. Fundado em 2009 pelo colecionador Tito Bertolucci, o espaço se chamava inicialmente Alma do Mar e tinha como foco a arte voltada à cultura do surf.
Em 2016, o novo nome Alma da Rua revelaria a intenção de ampliar e incorporar outras expressões artísticas, especialmente a arte urbana, incluindo o grafite e o pixo. A galeria é, atualmente, considerada um centro gerador e articulador de diversos tipos de manifestações culturais e atividades, promovendo reflexão, formação, produção e documentação da arte produzida e presente nas ruas.





É neste contexto que a Galeria Alma da Rua, durante a DW!SP, recebeu a exposição inédita Caminhos Pretos, que destacou a curadoria e o trabalho de Michele Wharton (@michelewharton). A arquiteta, designer e artista afrolatina resgata suas raízes indígenas panamenhas por meio da arte têxtil. A exibição enalteceu uma coleção exclusiva de almofadas bordadas, kimonos e seis bandeiras inéditas com 4m de altura cada uma, estampadas manualmente em xilogravura.
Todas as obras e objetos foram inspirados pelas Molas, tradição têxtil transmitida por gerações de mulheres da comunidade indígena Guna Dule, localizada entre a Colômbia e o Panamá. Além do trabalho de Wharton, a mostra reuniu obras de artistas como Negrito, Negast, Mogle, Negana, Consp, Criola, Fluidez e Fabah, reafirmando a proposição do espaço aberto à arte contemporânea e seus recortes identitários.
Em cartaz
Depois da DW!, a Galeria Alma da Rua já se renovou para abrigar uma nova exposição. Yoko: Entre a Cidade e a Natureza, do artista Subtu (@subtu), é inspirada por uma imersão de um mês na Amazônia e na relação entre o urbano e a natureza.
No escopo das novas produções, pinturas em spray e acrílica, esculturas de resina e experimentos com materiais locais da Amazônia, como o pigmento natural crajiru, escamas secas de pirarucu e sementes, como o açaí.

Subtu é artista plástico e grafiteiro paulistano e atua desde 2001. Em 2009, criou Yoko, o macaquinho que surge quase sempre com rosto vermelho e permeia suas obras como uma espécie de assinatura visual. Yoko é como um macaco urbano, que representa, segundo o próprio artista, o ser e sua evolução. Na mostra na Galeria Alma da Rua, Subtu também lança Yoko no Amazonas, livro que mescla registros fotográficos e HQ para contar mais sobre suas experiências nesta imersão.
Para conhecer essa e outras exposições, visite a Galeria Alma da Rua, na rua Medeiros de Albuquerque, 188. O espaço abre todos os dias, das 10 às 18h.
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