Começou como um podcast sob o comando de Grant Gibson, em 2019, e há um ano tornou-se uma feira – ainda enxuta, mas muito interessante – em Londres, na Inglaterra. Estamos falando da Material Matters (@materialmatters.design), que ficou em cartaz até dia 23 de setembro na Bargehouse, Oxo Tower Wharf, no Southbank, coração da capital britânica. O evento é organizado pela Delizia Media, uma parceria entre Grant e William Knight, que foi vice-diretor do London Design Festival e diretor da 100% Design e da Clerkenwell Design Week.
Trata-se de um modelo diferente, onde o material é o protagonista. A ideia do combo feira + podcast é “aumentar a consciencialização sobre a importância da inteligência material – e da forma como utilizamos os nossos recursos – para conceber um mundo melhor e mais sustentável”, divulga o site da Material Matters.
Este ano são mais de 40 marcas, designers, fabricantes e organizações que entendem os materiais como forma de “moldar nossas vidas”. Em cinco andares, a exposição trouxe produtos, instalações site specific, um mercado e uma área para workshops e palestras. Entre os objetivos da Material Matters está a investigação de como a indústria do design pode abordar questões relacionadas à economia circular.
Talks to think
Os assuntos abordados nas palestras e flash-talks são engajados e feitos para reflexão. Entre os motes estão a intersecção entre design sustentável e tecnologias inovadoras para a criação de produtos 3D esculturais, sob o qual fala a designer de interiores Sofia Hagen, e os produtos feitos a partir de cânhamo e fécula de batata, esmiuçados pelo designer holandês Jack Brandsma.
A ciência de dados e seus desafios; a sustentabilidade para um modelo circular na indústria moveleira e outras questões adjacentes também foram temas de um painel com três profissionais focados em sustentabilidade: Phil Towle (The Future Practice), Jo Little (Planet Mark) e Manasi Meno (tb bennett).
Outra abordagem interessante é a escalabilidade dos novos materiais, ou seja, como os biomateriais e afins podem chegar até a indústria convencional? Quem discute é Asli Dirik (Silklab), Nancy Diniz (bioMATTERS), Liz Corbin (Fraqter) e Loulou van Ravensteijn (ChangeAutomation).
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