O centro de São Paulo é hiper verticalizado, mas reserva achados – quase – modestos entre os arranha-céus: do Páteo do Colégio – onde ainda há um resquício da construção original de 1554 – à Praça das Artes, projeto de 2012 do escritório Brasil Arquitetura.
Mas as grandes vedetes do Tour São Paulo 360º guiado pelo arquiteto Roberto Spina (@roberto.spina) – durante a DW!, com saída única na sexta, às 9h e duração de três horas – são os espigões e o traçado urbano que a metrópole construiu no correr dos anos.
Bom exemplo são os aguilhões que se espraiam em redor do Vale do Anhangabaú. Ali, basta olhar e um mundo de histórias vai sendo contado pelo concreto: o Edifício Martinelli, datado dos anos 1920, foi o primeiro arranha-céu da cidade – que contava até então com prédios modestos, com até no máximo cinco andares. Rebuscado, o Martinelli, seus 24 andares e acabamento esmerado feito por artesãos italianos marcou a transição para a São Paulo vertical.
Logo adiante, o edifício Altino Arantes, assinado por Plínio Botelho do Amaral, se tornaria emblemático com seus 35 andares finalizados em 1947. Girando o corpo um tanto, a gente logo avista o Mirante do Vale, edifício que foi por 48 anos o mais alto do país e está do outro lado do Vale com seus imponentes 170 metros de altura projetados por Waldomiro Zarzur e Aron Kogan e finalizados em 1966.
Esse passeio rápido pelo tempo e as construções paulistanas é só um aperitivo do corpo arquitetônico que ganha o contorno de 40 construções emblemáticas visitadas durante o Tour. A caminhada que começa no Copan – mais um marco, com sua curva acentuada, criada por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1966 -, desbrava a urbanidade e é para todos: profissionais da arquitetura e do design e o público interessado em conhecer mais da arquitetura e urbanismo do centro de São Paulo.
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