Considerado um dos principais nomes do grafitti nacional, Zezão lança o livro Espaços Invisíveis, uma coletânea dos principais trabalhos do artista pela cidade de São Paulo.
Zezão começou ocupar os espaços da cidade com grafite na década de 1990. Inspirado e motivado pela arte de Jean-Michel Basquiat, decidiu abandonar as vias tradicionais para percorrer novos caminhos. Passou a trabalhar em paredes de canais de esgoto e de galerias de águas pluviais, entre dejetos acumulados em casas abandonadas, em becos desertos e em vãos debaixo de viadutos, atraindo a atenção para paisagens urbanas insólitas.
Para executar suas pinturas e colagens tem se utilizado de pedaços quebrados de madeira, provenientes de tapumes, de barricadas e de construções abandonadas das cidades por onde passa. Às vezes também compõe sua obra em “preciosidades“ como espelhos, bandejas, portas de automóvel, armações de cama etc., deixando sua marca pessoal que consiste da palavra vício em abstrata caligrafia na cor azul. Mergulha com suas cores e formas delicadas num submundo cru e caótico, invade os espaços subterrâneos criando um contraste entre a rusticidade das paredes e a delicadeza de límpidos tons de azul. Assim, interfere na suposta “vida real“, tornando visível aquilo que, sem a sua arte, não seria visto nem percebido.
Sua obra dá cor e visibilidade a muros das periferias, a canais de esgotos, a paredes de viadutos, a grandes paredes externas de prédios antigos e modernos, assim como em galerias de arte em cidades brasileiras e do mundo como: Berlin, Cidade do Cabo, Florença Genebra, Londres Los Angeles, Milão, Nova Iorque, Paris, São Francisco, entre outras.