O que há de mais tecnológico no setor de revestimentos e possibilidades incríveis de combinações criadas em parceria com grandes nomes da arquitetura e do design nacional e internacional aparecem na segunda edição da Mostra Portobello Unlimited.
⠀
São 10 ambientes montados em nove cidades brasileiras dentro de lojas Portobello. Confira os ambientes e inspire-se!
1. Maurício Arruda
“Uma nova interpretação de uma pedra clássica. Nessa cozinha conceitual, as lastras do Bianco Di Lucca foram combinadas com outro material natural, porém, muito mais rústico, a terracota do Chelsea Dark Red, que reveste piso e paredes.
Esse contraste de texturas e cores surgiu da ideia de ressaltar ainda mais as lastras do porcelanato que revestem o frontão e constroem a bancada, ilha e também prateleiras. A terracota artesanal e as lastras que remetem ao mármore mate criam um diálogo sobre como a natureza se expressa de formas diferentes, mas complementares.
O mármore e o barro fazem parte da história da cozinha. Estiveram sempre presentes em suas áreas de trabalho e utensílios e aqui os dois materiais criam juntos um espaço contemporâneo, minimalista e tátil. Uma nova interpretação do mármore, mais associada às nossas origens, ao essencial e ao tempo das coisas”.
2. Li Edelkoort
“Quando fui convidada fazer as colaborações com a Portobello, as primeiras memórias que vieram à mente foram minhas viagens ao Swinging London nos anos 70 para fazer compras na Biba e encontrar bugigangas e roupas vintage no Portobello Road Market. Foi lá que o jovem Jimi Hendrix encontrou seu icônico paletó decorado que se tornou icônico e está na moda hoje. Cinqüenta anos depois, nosso humor está novamente se tornando romântico e, às vezes, melancólico, ansiando por uma era há muito perdida e o lado mais suave do design, reinventado com cerâmicas brancas, vasos de cristal, lençóis brancos e vários espelhos.
Devido à pandemia, as pessoas estão se mudando para o campo em grande número, determinadas a viver uma vida alternativa ao ar livre, e tendo o trabalho em casa como a nova norma. Outras pessoas estão comprando pequenas cabanas para escapar dos fins de semana poluídos na cidade ou se mudando para os arredores da cidade para ter jardins e parques. Essa nova supertendência está acontecendo em Tóquio, Paris, Nova York e Brasília ao mesmo tempo; parece um êxodo em formação, redistribuindo o espaço vital ao longo do caminho.
Esta mudança repentina para pastagens mais verdes desencadeou a necessidade de interiores rurais e românticos, inspirados em antigas quintas e celeiros com vigas e pisos de madeira, lambris rigorosos, velhos armários e mesas agrícolas revestidas a mármore ou incrustadas com azulejos. Até o fogão a lenha de amanhã quer se expressar em cerâmica.
Esta via da memória inspirou o uso de cerâmica e azulejos, dando uma nova camada a materiais até então modernistas. Voltar às suas origens traz à tona um novo clima idílico, convidando os clientes a assar pão e cozinhar sopa, cortar flores e remendar tecidos, bordar e expressar sua criatividade apaixonada. Todos esperamos que o melhor ainda esteja por vir, com menos viagens, um ritmo mais lento e uma vida mais plena.”
3. Guilherme Wentz
O designer de produtos leva ao extremo seus conceitos sob o morar. A busca por formas naturais e a casualidade nas relações deram vida a um ambiente onde o protagonista é o próprio piso que, com sua forma orgânica, cria uma sala de estar quase utópica, que remete às paisagens naturais. O convite a sentar-se próximo ao chão sugere uma interação casual daqueles que usam o espaço, lembrando ambientes primitivos de convivência.
O uso das lastras, nas paredes, destaca a textura rústica do cimento e aquece o ambiente, enquanto o Bonbon, utilizado no piso, cria outra textura a partir do seu formato e permite as linhas curvas que definem o projeto.
4. Fábio Novembre
” Quando a Portobello me pediu para imaginar um café dentro da loja, a primeira coisa que eu pensei foi no momento histórico em que estamos vivendo e no contraste, diário, entre o desejo de contato humano e a impossibilidade de tê-lo. Nasceu, assim, um projeto em que o espaço de sociabilidade foi pensado como um espaço teatral, habitado por máscaras.
A teatralidade da Máscara permite que você se esconda, se proteja e se isole em um lugar secreto. Os olhos permitem que você veja sem ser visto.
Esse contexto social remete ao classicismo, e só poderia ser expressado por uma preciosa urna revestimento cerâmico, que interpreta mármore, interrompida apenas por um feixe de luz que entra pela janela, carregando a energia da paisagem brasileira, que sempre me fascinou.”
5. Clay Rodrigues
“Quando falamos de grandes lastras, o primeiro cenário modernista a explorar grandes proporções que me vem à mente é o pavilhão alemão para a Feira Mundial de 1929, em Barcelona, projetada por Ludwig Mies van der Rohe. Inspirado nessa obra, revestimos toda a caixa do ambiente com a lastra Palissandro. Aplicamos um tensoflex na parede ao fundo do cubo, junto a um espelho central, que é sustentado dentro de um nicho e com pilares metálicos no mesmo formato dos desenhados para o pavilhão. A luminária, com ar industrial, e móveis de apoio, com mármore verde assinados por Jader Almeida, complementam a ambientação e levam aconchego e sofisticação ao projeto.”
6. Rodrigo Faggá
“Imergi na paisagem das lagoas e em sua fauna – o sururu (patrimônio imaterial de Alagoas) – para, tirando partido desse lançamento emblemático, unir minhas vertentes que sempre beberam na brasilidade e na intemporalidade. O Terraço Mundaú é absolutamente autoral, trazendo para a Mostra um resultado que ultrapassa a urgência de processos e troca ideias com tendências, sem abrir mão da personalidade.”
7. Humberto Zirpoli
Design, sofisticação e sustentabilidade, definem o Escritório. A novíssima lastra Bleu de Savoie 120×270, foi o ponto de partida para a concepção do espaço. Compondo com esse belo marmorizado, as peças de detalhes escolhidas contrastam com uma iluminação pontual, definindo uma superfície versátil, com uma paleta de cores nos tons de cinza e grafite. Detalhes como o Vedononvedo, que ressignifica o espelho através da inserção de desenhos abstratos, unindo-se à nuance do Gouache Charbon Mate, retratam uma atmosfera moderna e acolhedora, cheia de personalidade.
8. Stephanie Ribeiro
“Caquinhos de cerâmica fazem parte da memória afetiva de muitos e demonstram a reutilização de peças quebradas nos processos antigos de produção de revestimento. Esse foi o ponto de partida para pensar no que se opunha à lastra contínua e seu rejunte praticamente invisível, optando pelo uso da linha Ipanema, de Oskar Metsavaht para Portobello. Fazendo assim, referência à cidade e bairro em que estamos localizados e à imagem do caquinho cerâmico. Por isso, um grande banco, que invade as duas áreas revestidas, é uma linha do tempo que une passado com o futuro. Em um extremo, uma luminária em linha traz a ideia do contemporâneo, do simples e reto. Já do outro, uma obra de arte em cordas mostra o orgânico, o natural, o que sai do nosso controle. O espaço é uma brincadeira de opostos, mostrando que é possível, nas diferenças, chegar num consenso estético sem anular nossas inúmeras essências e possibilidades.”
Foram usadas a lastra Bleu de Savoie e a linha Ipanema da Portobello.
9. Frezza & Figueiredo
“Um convite ao descanso e relaxamento. Uma simbólica nuvem de lastras sobre nós e um abraço imaginário de um azul celeste que nos faz esquecer o tempo para passarmos bons momentos conosco. O piso da linha Bonbon nos provoca a ficar descalços e sentir a textura que nos transporta para a infância e liberdade. A linha Gouache, com toque mate, sugere uma janela em meio ao céu. A NUVEM sente o impulso do presente, transita e nos conduz para o agora, remete ao céu que acolhe e que torna o momento passageiro. Um lugar que nos convida a evoluir e encontrar a paz quando sabemos que se nos erguermos o suficiente, veremos além do horizonte.”
10. David Bastos
“A Portobello deu carta branca ao nosso escritório para criar este espaço. O único pedido: que usássemos as maxi-lastras recém lançadas, que chegam a 3.20 de altura e podem ser customizadas das mais diversas formas. Trabalhar com um produto de alta tecnologia e resistência, que ainda oferece versatilidade de desenho, é o sonho de todo arquiteto.
As lastras nos permitiram explorar o generoso pé direito, com as quais criamos amplos vãos com elementos prismáticos de grande escala e uma longa e facetada bancada em balanço, resultando em um projeto fluido, espaçoso e sofisticado.”
⠀
Enquanto não é possível visitar os espaços, que tal completar o passeio com um tour virtual? Clique aqui.
⠀