24 de junho de 2021 | por redação DW!
O mundo da arte urbana está repleto de artistas que usam diferentes técnicas, desde a pintura em spray à mão livre até a instalação. Mas talvez nenhuma outra técnica esteja tão ligada a seus praticantes como o stencil. Os estênceis não são novidade – eles se originaram há mais de 35.000 anos, quando o homem pré-histórico segurou a mão na parede e soprou um pigmento sobre ela. Amplamente usados em ambientes industriais e militares como um meio de comunicação rápido e eficaz, os estênceis de aerossol vazaram naturalmente para as ruas.
É essa facilidade de uso e capacidade de replicação que os torna atraentes para artistas urbanos, tornando possível levar arte para os muros da cidade de forma rápida e eficaz. Não é de admirar que artistas como Banksy seja conhecido por usar o estêncil.
O stencil vem sendo muito utilizado para decorar paredes, móveis e outros objetos. Trata-se de uma técnica simples e democrática, que pode, ocasionalmente, ser conjugada com múltiplas variações e assumir características diversas. Mas quem são os artistas urbanos que também se declaram artistas de stencil? E como eles ultrapassaram os limites da técnica? Dê uma olhada em nossa lista de 4 artistas brasileiros para entender como a arte de estêncil está mudando a paisagem urbana.
MATIAS PICÓN
É possível ver o stencil de Matias Espacial Picón (1981) por toda a cidade de São Paulo, principalmente no Beco do Batman. Se você circula pelas ruas com olhar atento, é bem provável que já tenha se deparado com uma zebra com cabeça de leão, ou um homem meditando com a cabeça de elefante. Esses personagens híbridos sempre aparecem sobre um fundo estampado com formas geométricas coloridas.
Se você ainda não viu, talvez comece a notar a presença desses seres criados por Matias nos muros da cidade. E, a partir deste sábado, 19/06 eles também poderão ser vistos na exposição Ambulante na Galeria Alma da Rua. A mostra individual do artista reúne trabalhos inéditos produzidos entre 2020 e 2021. Mais de 20 telas compõem a exposição.
CELSO GITAHY
Celso Mendonça Gitahy (São Paulo, São Paulo, 1968) é artista plástico, professor e pesquisador. Um dos precursores do graffiti no Brasil e especializado na técnica de estêncil, Gitahy explora o universo da cultura pop, mesclando ícones do consumo e da tecnologia com o homem e a natureza.
Para além do graffiti e do estêncil, a expressão artística de Celso passa pela pintura, pela poesia e pelo livro de artista.
LOU DEDUBIANI
Alto*Contraste (A*C) é um projeto de arte urbana criado em 2005 por Lygia Lee e Lou Dedubiani, e desde 2018, segue tocado por Lou. O universo do A*C quase sempre gira em torno de personagens carregados de ambiguidade, estranhamento e uma pitada de desajuste social, muitas vezes remetendo ao ser humano no que tem de mais pitoresco e paradoxalmente universal.
Assim é também com o Urso amarelo – seu personagem mais conhecido – talvez o arquetipo perfeito do ser humano em toda sua ambiguidade: ao mesmo tempo que nos remete a fofura dos ursinhos Teddy, nos lembra em que sua essencia, o urso é um dos animais mais selvagens e imprevisiveis do mundo. Além das ruas, a arte de A*C já esteve em diversas mostras coletivas pelo mundo, em importantes publicações de arte urbana e alguns grandes festivais , com destaque para a primeira edição do Cans Festival (2008) em Londres, onde Lou e Lee trabalharam a convite do artista Banky.
FABIO POLESI
Com mais de 30 anos de carreira, Fabio Polesi já atuou em diversas áreas com seu talento: desde tatuagem, realismo em bico de pena a mosaicos e graffitis. Atualmente foca em Pop Street Art.
Em seu currículo tem exposições em São Paulo, New York, Los Angeles, Miami e Israel. Entre seus trabalhos, destaca um grafitti que fez no MIS-SP, no projeto Parede Viva, no qual foi o primeiro artista a ocupar o espaço.
Já pensou em levar um pouco dessa atmosfera da arte urbana para casa? Clique aqui, acesse a página da Galeria Alma da Rua e veja as obras em stencil de Matias Picón.
com informações de Enciclopédia Itaú e obrasdearte.com