Para a oitava edição do Design Weekend, a Estar Móveis apresenta a mostra de arte às vezes me sinto tão pequeno, um pensamento sobre a nossa relação com o Cosmos, os universos, particulares e externos, desde o micro ao macro, de nossas partículas subatômicas à imensidão e beleza do infinito.
Tema apaixonante que nos conecta, a criação do Universo sugere a busca incessante pela compreensão da vida e reflexões por filósofos, teólogos, cientistas, astrônomos, astronautas e em nós, simples seres humanos habitantes deste planeta Terra, nossa casa, nosso lar.
Após intensa pesquisa e processo criativo, que se materializam em puro design e arte, a marca propõe uma viagem exploratória ao desconhecido, com questionamentos existenciais e metafísicos sobre a realidade, o espaço, o tempo e a escala. A proposta provocativa sugere a expansão da consciência para uma nova perspectiva do mundo e como nos relacionamos com nós próprios, com as pessoas e com o universo.
Com licença poética, a mostra interativa e sensorial exibe os trabalhos de artistas e designers inspirados pelos planetas, estrelas, planos galácticos e cósmicos. Com curadoria de Felipe Morozini, participam Artur Lescher, Gabriela Garcia, Liliane Porter, Motta & Lima, Nazareno, Regina Silveira, Rochelle Costi, Zanini de Zanine e Zieta.
O DW! 2019 acontece de 18 a 25 de agosto de 2019 em mais de 120 endereços da capital paulista e a programação completa será divulgada em breve. Enquanto o evento não chega, ficamos com a reflexão de Felipe Moronzoni acerca do tema da mostra.
Às vezes me sinto tão pequeno
Quando iniciamos a pesquisa para o DW 2019, nossa primeira questão era essa sensação que todo mundo tem de se sentir pequeno em determinadas situações da vida. E tudo bem sentir-se pequeno. Somos mesmo.
Nosso primeiro passo foi rumo ao desconhecido do cosmos, dos nossos sistemas solares, dos outros sistemas, dos outros planetas, de outras possibilidades de vida, para entender a escala e o tempo.
Visualizamos nessa escala a possibilidade de tornar-nos propositalmente pequenos. Pois bem, meses se passaram. De profunda pesquisa, de conhecimento e de epifanias. Cruzamos o caminho de físicos, astronautas, astrólogos, para depois conectar-nos com artistas, artesãos e designers que dialogassem com nossas questões.
Escolhemos também trabalhar com artistas porque eles nos ajudam a enxergar as coisas de outra maneira, em certas situações da vida, e neste lugar, talvez, encontremos algumas respostas. E com certeza mais perguntas. E é sobre isso. Sobre o caminho. O caminho é importante.
Quando digo nossas questões são porque é um assunto que temos em comum. De onde viemos e para onde vamos. O espaço é infinito? Existe vida fora de nosso planeta? Faremos contato? É possível viver em Marte? Qual o nosso tamanho dentro disso tudo. Qual nossa importância?
Estamos tentando encaixar as peças desse grande quebra-cabeça.
Como seria se não tivessem fronteiras na Terra. E se todos pudéssemos, assim como os astronautas fazem, atravessar qualquer país sem pedir permissão, como se nossa casa fosse o planeta todo.
O futuro é feito no agora.
No poder de transformação através de ações coletivas. Sonhar junto. Fazer junto.
Trazer a memória. Mas aquela memória ancestral. Que está no DNA.
Vamos cuidar do planeta. Mas acima de tudo, cuidar da gente.
Porque nós somos o próprio universo.