O Modernismo Tropical foi um estilo arquitetônico desenvolvido na África Ocidental na década de 1940, no cenário de condições ambientais e climáticas da região. Após a independência, países como Índia e Gana adotaram o estilo como símbolo de modernidade e progresso, sobrevivendo no período pós-colonial. Esta é a premissa da exposição Tropical Modernism: Architecture and Independence no V&A South Kensington, até 22 de setembro.
A história do Modernismo Tropical é atravessada pelas dinâmicas de colonialismo e decolonização, política e poder, desafio e independência. Não se trata apenas do passado, mas também do presente e do futuro. Essa complexidade se expressa na mostra, que olha para a arquitetura ligada à luta anticolonial da época e envolve perspectivas do Sul da Ásia e da África Ocidental.
A exposição inclui maquetes, desenhos, cartas, fotografias e objetos que documentam as principais figuras e momentos do movimento modernista tropical. Um dos eixos temáticos é Figuras Escondidas, centrada em arquitectos africanos, incluindo Theodore Shealtiel Clerk e Peter Turkson, cuja contribuição só agora vem sendo reconhecida. Esta seção também explora como a arte e os motivos africanos apropriados pelos artistas europeus e que desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento de uma estética modernista no início do século XX.