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Instituto Tomie Ohtake e Itaú Cultural realizam mostra conjunta

DETALHES DO ACONTECIMENTO

DATA: até 28 de janeiro de 2024

HORÁRIO: No Instituto Tomie Ohtake: de terça a domingo, das 11h às 19h. No Itaú Cultural: de terça-feira a sábado, das 11h às 20h; domingos e feriados, das 11h às 19h

LOCAL: Instituto Tomie Ohtake: Av. Faria Lima, 201 [entrada pela Rua Coropés, 88]. Itaú Cultural: Avenida Paulista, 149

Como se preserva o imaterial? Esse é um dos questionamentos que norteiam a mostra Ensaios para o Museu das Origens, realizada pelo Instituto Tomie Ohtake (@institutotomieohtake) e o Itaú Cultural (@itaucultural), até 28 de janeiro de 2023, em ambas as instituições. A empreita é uma sugestão de debate sobre as políticas de memórias “descolonizando as instituições e os sistemas de arte”.

A exposição deriva da proposta do crítico de arte, jornalista e escritor Mario Pedrosa (1900-1981) para a reconstrução do MAM-Rio – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, após um incêndio, em 1978, que destruiu 90% do seu acervo. Para Mario – integrado à comissão que visava reconstruir o museu, além do restauro –, era necessário repensar o papel da instituição.

Assim, o cerne do Museu das Origens reuniria e articularia além dos já existentes Museu de Arte Moderna; Museu do Índio e Museu do Inconsciente; os museus dedicados ao Negro e às Artes Populares, a serem criados. A ideia de Mario não foi posta em prática, mas acaba por ser a linha-mestra desta dupla exposição.

Ensaios para o Museu das Origens abriga mais de mil peças. São artefatos e obras de artistas como como Djanira, Fernando Diniz, GTO, Mira Schendel, Nailson, Pecon Quena, Sebastião Januário, Ubirajara Ferreira Barreto e Tarsila do Amaral; além de coletivos e mais de 20 instituições culturais e museus de diferentes partes do país, dedicados à preservação e difusão da memória matricial brasileira.

Percurso expositivo

A curadoria de todas estas referências é de Izabela Pucu e Paulo Miyada, com curadoria adjunta de Ana Roman e a participação dos curadores convidados Daiara Tukano e Thiago de Paula Souza. A construção expositiva propõe um percurso pela história do Brasil, tomando a arte e a cultura como alicerces e passando pela memória de múltiplas ancestralidades.

Uma inovação está na forma de visitar a exposição, que pode ser vista de maneira independente ou conjunta no Instituto Tomie Ohtake e no Itaú Cultural: a mostra se divide em cinco núcleos que se organizam em rodas crescentes a partir de objetos e histórias que, com outros projetos de Pedrosa, nos ajudam a relacionar os cinco eixos de sua proposta. Junto a tais rodas estão núcleos documentais e conjuntos de obras dos 20 lugares de memória, museus e instituições culturais que constituíram a rede para o Ensaios para o Museu das Origens. Vale se programar para fazer a visita em dois dias. A mostra é gratuita.