Foram quase 11 mil candidaturas vindas de 72 países, entre eles o Brasil, na edição 2024 do iF Design Awards, um dos mais prestigiados prêmios do design, com impacto mundial. Criado na Alemanha em 1954, a iF Design Foundation não tem fins-lucrativos e trabalha para promover o design e sua influência social.
A premiação se divide em nove disciplinas que englobam mais de uma categoria – são 81 ao todo – como, por exemplo, Design de Produto, que vai do mobiliário à joalheria, passando por carros, câmeras, iluminação e equipamentos esportivos, entre outros. Desde 2017, o iF também promove um prêmio voltado ao Impacto Social.
“Vemos o iF Design Award como uma das plataformas de design mais importantes do mundo, onde marcas líderes, startups e designers podem se apresentar, se inspirar e se destacar dos concorrentes. Um iF Design Award também ajuda os clientes a escolher entre os produtos ao fazer uma compra”, afirma Uwe Cremering, CEO do iF International Forum Design.
Filtro de Água Biologique, do Estúdio Biologique – categoria Produto + Equipamento para Cozinha: o projeto do Estúdio Biologique revisita o tradicional Filtro de Barro brasileiro e oferece um modelo contemporâneo o objeto, sem comprometer sua eficiência funcional | Foto: Divulgação
Projeto Gunta, da Donatelli – categoria Produto + Têxteis: coleção de tecidos que homenageia a designer têxtil Gunta Stölzl, revolucionária profissional da Bauhaus que quebrou paradigmas. A pesquisa foi possível através dos filhos da designer e o conhecimento sobre o jacquard industrial dela extraído | Foto: Divulgação
Cobogó Lança, da Marki Revestimentos – categoria Produto + Paredes: rejeitos e restos de elementos têxteis da indústria e do uso comum são a base do cobogó Lança, que se insere na economia circular através da reciclagem. O material é leve e resistente e pode ser personalizado através da pintura automotiva | Foto: Divulgação
Regador Flua, da Vasap Design – categoria Produto + Objeto: feito de plástico comprado junto a catadores, o regador Flua tem design diferente do que se espera de um objeto comum para esse uso e cores que deixam a marca de sua origem. O bico evita derramamentos e sua forma é dada pelo polietileno reciclado rotomoldado | Foto: Divulgação
Sofá Base, da Casa Brasileira de Estofados – categoria Produto + Mobiliário: modular e sem muitos adornos, o estofado Base tem elementos que oferecem espaço e maciez para um momento de aconchego | Foto: Divulgação
Linha Mandacaru, da Desygn Móveis Jardim – categoria Produto + Mobiliário: o conjunto que reúne sofá, mancebo, mesas de apoio e arandelas foi inspirado pela resistência de Mossoró (RN) à invasão do cangaceiro Lampião, em 1927. A resiliência do povo e do cacto que nomeia a peça, com sua adaptabilidade e beleza, inspiram os produtos | Foto: Divulgação
Linha de Refrigeradores Experience (Bottom Freezer), da Electrolux Brasil – categoria Produto + Eletrodoméstico para Cozinha: os refrigeradores com média capacidade de armazenamento são básicos por fora, com acabamentos que vão do branco ao cinza escuro, têm espaço interno adaptável e tecnologias como a AutoSense, que auxilia no ajuste de temperatura para manter alimentos frescos por até 30% mais tempo | Foto: Divulgação
Cadeira Dot, do Baldanzi & Novelli Designers + Flexform – categoria Produto + Escritório e Papelaria: uma cadeira para escritório com ergonomia, mas que leva linhas orgânicas e cores agradáveis. Essa é a proposta de DOT, dos italianos Baldanzi & Novelli Designers + Flexform América Latina, com parque fabril em Guarulhos | Foto: Divulgação
Estudo de Cores Revela 23+, da Suvinil – categoria Produto + Paredes e Pisos: o Revela 23+ - que emprestou suas cores para a DW! em 2023 – estruturou a paleta da marca de tintas decorativas da Basf baseando a pesquisa (que já persiste há 12 anos) a fim de traduzir o sentimento do tempo, aspectos de bem-estar e funcionalidade para os ambientes do morar | Foto: Divulgação
Cadeira Enxada + Pirarucu, do Estúdio Pedro Luna – categoria Produto + Mobiliário: a junção de uma ferramenta comum para a lida com a terra e do peixe amazônico Pirarucu dão corpo e revestimento, respectivamente, à cadeira desenvolvida pelo designer Pedro Luna | Foto: Divulgação
Linha de produtos Ozônio, da Docol – categoria Produto + Acessório para Cozinha: as torneiras e misturadores da linha Ozônio auxiliam contra a contaminação da água por microrganismos patógenos – bactérias e fungos e vírus – e ajudam na descontaminação por pesticidas. Tudo com um design arrojado e moderno | Foto: Divulgação
Poltrona Celina, da estúdio latino design – categoria Produto + Mobiliário: a peça estruturada em madeira faz referência ao elemento vazado cobogó, um ícone nacional da arquitetura. As laterais em gradis suportam encosto e assento através de traves que dão a base para as almofadas generosas | Foto: Divulgação
Cadeira Fly, da Doimo Brasil – categoria Produto + Mobiliário: o móvel, assinado por Tiago Curioni, foi inspirado pelos estudos de anatomia de Leonardo Da Vinci. Com três pernas, tem estrutura e almofadas que remetem ao esqueleto e à musculatura humanos e revestimento que faz lembrar o toque da pele, com cores distintas | Foto: Divulgação
Bengala T, da Álvaro Wolmer Movelaria Fina – categoria Produto + Cuidados com a Saúde: o designer Álvaro Wolmer aplica a expertise em madeira à bengala T, com elementos de marchetaria na empunhadura. A produção é artesanal e quer levar a este espectro dos objetos de cuidado a humanização máxima | Foto: Divulgação
Cobogó Colmeia, da Solarium Revestimentos – categoria Produto + Paredes: assinado pelo designer Guto Indio da Costa, o elemento vazado é versátil em possibilitar variações e a interconectividade das células hexagonais. Os cobogós facilitam a ventilação dos espaços e são uma resposta estética e funcional, com a passagem de luz e o controle do que pode ser visto dos interiores | Foto: Divulgação
Cadeira Manacá, da Marê Mobília – categoria Produto + Mobiliário: desenvolvida para o uso externo, a cadeira pode ter ou não braços e se inspira na tradição brasileira do trançado em fibras naturais. A estrutura de Cumaru permite o zigue-zague das fitas de poliéster náutico – resistente à água – que resulta em um efeito visual 3D | Foto: Divulgação
Poltrona Varal, da ArtFer Serralheria – categoria Produto + Mobiliário: assinada pelo designer Porfírio Valladares e uma das vencedoras do 25º Prêmio Salão Design, a peça celebra a manufatura brasileira – e um estilo de vida singelo - ao usar uma série de tapetes empilhados para dar corpo ao assento e ao encosto, apoiados sobre a estrutura de metal | Foto: Divulgação
Coleção Horizonte, da Minotti – categoria Produto + Mobiliário: o estofado modular tem fabrico italiano, mas desenho brasileiro do escritório MK27, do arquiteto Marcio Kogan. Sofisticados e com linhas leves, os módulos de assento contam com tecnologia aplicada ao amortecimento, para se moldar ao usuário. A base dá a ideia de uma composição suspensa, que pode levar tanto tecido como couro em seu acabamento. Na mesa de apoio opcional, pedra para o tampo | Foto: Divulgação
Cavalete Aberto, da Etel – categoria Produto + Mobiliário: três peças de madeira maciça se encaixam e são acompanhadas por ferragens em latão para a peça que oferece uma solução versátil à exposição de obras de arte, em contexto público ou privado, sem contrastes com as artes em si ou intervenções no espaço | Foto: Divulgação
UrbeBox, da Metalco – categoria Conceito Profissional + Produto-Conceito: a naE, de Porto Alegre (RS), desenvolveu o conceito da loja adaptável e pensada para o ecossistema urbano para a italiana Metalco. A ideia é ter pequenas estruturas modulares que se adaptem a diversos usos comerciais, mas preservem suas características de design e identidade | Foto: Divulgação
O júri do iF se baseia em critérios como Ideia, Forma, Função, Diferenciação e Impacto para avaliar os projetos, com pesos e critérios apontados no site da premiação. As pontuações para cada aspecto individual de cada projeto são divulgadas ao respectivo participante em um feedback detalhado, o que faz mesmo a não-conquista do prêmio, algo producente. Cada etapa tem um custo, que também é explicado na página do iF. Para participar, o primeiro passo é se cadastrar no myif.
O Brasil se destacou nessa edição do iF Design Awards, conquistando prêmios que categorias que incluem design de mobiliário, inovação para saúde, criação de campanhas e embalagens. A DW! fez um recorte e traz aqui os premiados por Design de Produto – do objeto ao cobogó – e os que conquistaram a honraria em Arquitetura e Design de Interiores. Mas há uma ressalva: o Estúdio Campana.
Campanas
O estúdio já fez história no design de produto e conquiatou de forma pioneira vários espaços cobiçados no universo do design. Desta vez, o iF Gold Award veio na categoria Comunicação + Branding.
Segundo o iF, “por meio de esforços criativos que revelam o que é invisível ao nosso redor, não é exagero afirmar que os irmãos Campana desafiaram e expandiram a própria noção de cultura visual brasileira”. E o que foi premiado é a tradução dessa singularidade criativa em um re-branding para o próprio Instituto e o Estúdio Campana.
A proposta com o re-desenho era traduzir o “pioneirismo e a materialidade de seu trabalho em letras, formas, texturas e motion graphics. O resultado é uma fusão única e intrigante de artesanato, conceito e cultura”. O prêmio de ouro foi dedicado à memória de Fernando Campana, falecido em 2022.
Estética e mais: as dobradinhas do iF
Com traço assertivo, algumas empresas e designers que concorreram ao iF Design Award 2024 voltam para casa com mais de um prêmio na bagagem. É o caso da arquiteta e designer Patricia Anastassiadis, para a Artefacto; da Lider e da Lumini – com dois produtos laureados – e da Century Brazil, que levou três iFs.
Poltrona Sublime, da Century Brazil - categoria Produto + Mobiliário: os detalhes meticulosos e a ergonomia aliada ao traço assertivo do estúdio Simonini fazem da poltrona Sublime (à esq.) uma peça de destaque. A estrutura prima pelas formas orgânicas e pela espuma personalizada para uma experiência de descanso e conversa singular | Foto: Divulgação
Sofá e poltrona modulares Pomme, da Century Brazil - categoria Produto + Mobiliário: a morfologia da maçã foi o ponto de partida para o Design Lab da Century desenvolver o sistema modular Pomme. Com braços, assentos e encostos arredondados, as peças têm uma costura no verso e são revestidas por um tecido feito a partir da reciclagem de garrafas PET retiradas dos mares. O material é fácil de limpar e permite que o móvel ‘respire’ | Foto: Divulgação
Sofá Desmond, da Century Brazil - categoria Produto + Mobiliário: uma ode aos princípios da Gestalt. Esta é a premissa do sofá Desmond que explora simetrias, repetições e camadas construtivas em sua forma. Nos assentos, a estrutura do estofamento é firme e há a possibilidade de incluir na peça as mesas de apoio | Foto: Divulgação
Mesa de Jantar Versa, de Patricia Anastassiadis para a Artefacto – categoria Produto + Mobiliário: a mesa de jantar com cantos arredondados é composta por duas partes idênticas e que se encaixam perfeitamente, como no símbolo yin-yang e se distinguem pela textura do acabamento | Foto: Divulgação
Coffee table Boyang, de Patricia Anastassiadis para a Artefacto – categoria Produto + Mobiliário: a mesa de apoio combina pedra, vidro e metal em uma peça da coleção Alcheme, que se inspira em diferentes materiais e formas para resultados que capturam o olhar e subvertem o básico | Foto: Divulgação
Luminária Sol, da Lumini – categoria Produto + Iluminação: composta por duas meias esferas, a luminária de mesa Sol faz uso da reflexão na maior, de latão, para projetar uma luz suave e difusa, gerada pelo elemento luminoso na esfera menor, direcionável | Foto: Divulgação
Luminária Norte/Sul, da Lumini – categoria Produto + Iluminação: o pendente conta com uma fonte luminosa esférica e que é envolvida por uma cúpula móvel, que pode ser posicionada a fim de se obter iluminação direta ou indireta | Foto: Divulgação
Cadeira Cuna, da Lider Interiores - categoria Produto + Mobiliário: o estúdio em2design assina a cadeira onde a protagonista é a estrutura de madeira, que tem braços e encosto formados por peça única e arredondada. Assento e encosto são feitos com couro, que abraça o esqueleto do móvel | Foto: Divulgação
Buffet Desvio, da Lider Interiores - categoria Produto + Mobiliário: com desenho do escritório FGMF, o buffet explora o peso e a precisão geométrica da estrutura de aço em contraste com as chapas metálicas leves, evidenciada pelo deslocamento da caixa de madeira em um ângulo agudo e em balanço | Foto: Divulgação
Olhar para o futuro
O iF Design Awards fez diversas escolhas que olham para o futuro, em especial, para as que se inserem na economia circular e na busca por materiais conscientes e responsivos à preservação do meio ambiente. Dois exemplos são o cobogó Lança, feito de fibras têxteis descartadas, pela Marki Revestimentos (ver álbum acima) e a urna funerária Sail, da Mush. O objeto, uma parceria entre a startup e o Furf Design Studio, é produzido a partir do micélio de cogumelos, na junção que resulta em um formato poético.
Olhar para a história
A Avabrum (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho/MG), é uma das laureadas com o iF Gold Statement na categoria Comunicação + Tipologia/ Sistema de Sinalização pelo Memorial Brumadinho (foto que abre esse texto).
Os profissionais dos estúdios Greco Design, Blackletra e Gustavo Penna assinam a comunicação do memorial para a tragédia ocorrida em 2019 e que trouxe danos ambientais e humanos irreversíveis. O projeto foi concebido para auxiliar no processo de luto e cura, ao criar um monumento que combina sinalização, arquitetura e tipografia a fim de promover a lembrança, a contemplação e a consciência sobre os fatos e suas consequências.
Arquitetura e paisagem
Entre os projetos de arquitetura premiados, destacam-se os que observam e fazem uso da paisagem e da topografia e compreendem o espaço em que se inserem para um ganho estético e funcional. Tal observação pode ser feita, sobretudo, para as casas amplas que levaram o selo iF.
Escolas Comunitárias do Rio Negro, Fundação Almerinda Malaquias - categoria Arquitetura + Uso Público: o Atelier Marko Brajovic em consonância com a Fundação Almerinda Malaquias e a Expedição Katerre desenvolve o projeto de arquitetura a fim de capacitar as comunidades para construírem e administrarem – de forma adaptada à necessidade – unidades escolares utilizando materiais locais e princípios do design bioclimático. O projeto visa auxiliar no saneamento do déficit educacional em Novo Airão (AM) | Foto: Divulgação
Casa LR, Lampur Engenharia – categoria Arquitetura – Residencial: a casa de férias no interior de SP leva pedra, madeira, tijolo e alumínio como elementos fundamentais e é assinada pelo escritório Padovani Arquitetos. Implantada em um único nível, a construção se desdobra em contraste com a topografia e gera amplas vistas do entorno | Foto: Divulgação
Casa GM, Lampur Engenharia – categoria Arquitetura + Residencial: assinada pelo escritório Padovani Arquitetos, a casa faz uso da paisagem acidentada e aproveita suas curvas como apoio em dois planos perpendiculares que dividem os espaços sociais e íntimos | Foto: Divulgação
Casa HF, Lock Engenharia – categoria Arquitetura + Residencial: também do escritório Padovani Arquitetos, a casa ‘funde’ dois volumes distintos - um sólido retangular, revestido com ripas de madeira, e outro translúcido, composto quase inteiramente por painéis de vidro. O declive do terreno cria ainda uma sensação de flutuação do conjunto | Foto: Divulgação
Casa LRM, Lock Engenharia – categoria Arquitetura + Residencial: assinada pelo Studio AG Arquitetura, o projeto está implantado em um terreno estreito e profundo, que determinou as aberturas para a frente e os fundos. Um vão oferece luz em diferentes períodos do dia e que torna a iluminação a protagonista do ambiente com cores pouco saturadas | Foto: Divulgação
Casa Valência, Epson Engenharia, categoria Arquitetura + Residencial: assinada pelo escritório Suite Arquitetos + Padovani Arquitetos, a casa tem como conceito central a relação direta entre o ambiente natural e o interior da residência através do respeito à topografia, onde se insere suavemente. A partir do bloco principal são criadas sobreposições de corpos construídos adjacentes, resultando numa volumetria leve | Foto: Divulgação
Hotel Artsy, HautLab – categoria Arquitetura + Uso Público: a ideia do projeto é uma ruptura do que se espera da arquitetura através da arte, reinterpretando de forma óptica o que construímos | Foto: Divulgação
Projeto de Armazém para Carmo Coffee, Carmo Coffee - categoria Arquitetura + Uso Público: o escritório Gustavo Penna assina o projeto que deseja ser símbolo do compromisso com a produção cafeeira de qualidade e da cooperação da cadeia produtiva do café | Foto: Divulgação
Galeria Laguna, Construtora Laguna – o espaço comercial foi desenvolvido para e pela construtora em parceria com a engenharia Petinelli e o Estúdio 41, ambos de Curitiba (PR). O espaço conta com café/bar e recepção de visitantes, áreas para maquetes e reuniões e apartamentos decorados. As fachadas são construídas em sistema de dupla envolvente: externamente, painéis de policarbonato translúcido e a superfície interna com sistema em alumínio e vidro ácido | Foto: Divulgação
Áreas Comuns do Edifício Lemme, Bidese - categoria Conceito Profissional + Arquitetura de Interiores-Conceito: materiais nobres e peças clássicas do Modernismo Brasileiro dão lastro aos interiores das áreas comuns do edifício, pensados pelo escritório Boscardin Corsi Arquitetura, que conversam com a arquitetura do projeto | Foto: Divulgação
Interiores da Residência Kintsugi, Fernanda Marques Arquitetos Associados – categoria Arquitetura de Interiores + Residencial: um décor que dá ênfase às aberturas, escolhe o mobiliário a dedo para a sensação de aconchego e conforto e a isso associa a curadoria de arte com nomes como Abraham Palatnik, Julio Le Parc, José Patricio e Fernando Velasquez, fazem os interiores desse amplo apartamento | Foto: Divulgação
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