Mais de 200 projetos e construções experimentais, de mais de 30 países, compõem a 14ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura (BIAsp), que volta a ocupar 10 mil m² do Pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera, após quase uma década de edições descentralizadas. A mostra, organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IABsp), acontece entre os dias 18 de setembro e 19 de outubro, com entrada gratuita.
O título Extremos: Arquiteturas para um mundo quente parte do entendimento de que vivemos um ponto de não retorno, propondo uma reflexão urgente sobre como a arquitetura responde a um mundo cada vez mais instável do ponto de vista do clima, com eventos extremos que já impactam o cotidiano urbano e ambiental.
5 eixos temáticos orientam exposição
A 14ª BIAsp é realizada sob a curadoria de seis arquitetos — Renato Anelli, Karina de Souza, Marcos Cereto, Clevio Rabelo, Marcella Arruda, Jerá Guarani. Os eixos que guiam os conteúdos apresentados são “Preservar as florestas e reflorestar as cidades”, “Conviver com as águas”, “Reformar mais e construir verde”, “Circular e acessar juntos com energias renováveis” e “Garantir a justiça climática e a habitação social”.
Além das exposições, a mostra oferece programação gratuita de oficinas, palestras, debates, mostra de cinema, mostra educativa e visitas guiadas. Não perca ainda a seção dedicada a biomateriais, desenvolvida em parceria com instituições como o IED (Istituto Europeo di Design), a Bauhaus Earth (Alemanha) e o Craterre (França).
Alguns destaques para não perder
A expografia é assinada pelo arquiteto Álvaro Razuk, que aposta em estruturas modulares com andaimes de seis metros de comprimento para apresentar projetos, planos, maquetes e vídeos.
Entre os destaques estão o projeto City of 1000 Tanks, inspirado nas infraestruturas tradicionais indianas de retenção de água, do escritório holandês Ooze; e o paisagista chinês Yu Kongjian, criador do conceito dos parques-esponja.
Entre os brasileiros, vale conferir o Pavilhão de Miriti — idealizado pelo escritório de arquitetura paraense Guá Arquitetura, que apresenta a palmeira amazônica como tecnologia social e matéria de vanguarda; o Distrito Itaqui, o primeiro distrito verde de inovação e tecnologia do Brasil, do escritório FGMF; e projetos do escritório cearense Lins Arquitetos Associados, liderado pelos irmãos Cíntia e George Lins em Juazeiro do Norte, como o campus do ITA Ceará e o Bloco Multifuncional da Unileão.